BYOD: os dispositivos móveis em sala de aula

Em 2007, a Câmara dos Deputados publicou o projeto de lei n.º 2.246-A informando a proibição do uso de telefones celulares nas escolas públicas de todo o país. A justificativa apresentada diz que é de suma importância que a atenção dos alunos esteja voltada integralmente aos estudos, sem haver distrações. De fato, o uso de dispositivos eletrônicos sem orientação direta acaba por interferir na realização de atividades em ambiente escolar, no entanto, fazendo um bom planejamento e anteriormente apresentado-o aos alunos, a interação entre ambiente virtual e físico torna-se proveitosa. 

O conceito de BYOD (bring your own device), que significa “traga seu próprio dispositivo”, é uma política utilizada em empresas na qual liberam e incentivam os funcionários a levarem seus dispositivos móveis (celular, notebook e tablet) para o trabalho. Por se sentirem mais confortáveis usando seu próprio equipamento, a produtividade e economia são visivelmente crescentes dentro das instituições. 

Embora o público e o ambiente sejam completamente diferentes, com uma gestão organizada, essa metodologia pode adentrar nas salas de aulas. Com o passar dos anos, as formas de aprendizagem mudaram significativamente. As crianças e adolescentes reconhecidos agora como “nativos digitais” não se atentam ao modelo tradicional de ensino, por isso as formas de estudos do século XXI [ANEXAR LINK PARA O TEXTO 5 FORMAS DE ESTUDO DO SÉCULO XXI] devem ser aproveitadas para apoiar a proatividade dos estudantes na escola. 

Infelizmente, muitas instituições de ensino não possuem suporte para que mantenham um laboratório de informática, sendo quase impossível dar este apoio aos alunos e professores. Por isso, a ideia do BYOD pode ser viável para algumas comunidades escolares. Mesmo nem todos os alunos possuindo algum dispositivo móvel, é possível que haja o compartilhamento de informações por meio de grupos de atividades, sendo o portador do dispositivo um mediador. 

Essa simples mudança de hábito abre portas à criatividade, pois não necessariamente o ensino estará restrito àquele momento de aula. Os alunos aprenderão novas formas de uso do seu celular e/ou notebook, conhecendo plataformas educacionais e até mesmo gerando conteúdo público. 

As Tecnologias Educacionais Digitais (TED) são uma realidade no momento, e ignorá-las é atrasar um processo que inevitavelmente vai ocorrer. Então professores, por que não ser a pessoa, agente de transformação, que modifica a estrutura enraizada e apresenta um modelo inovador de ensino?

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